62° ENAGECEF

AGECEF/SP recebe 62º ENAGECEF

Cerca de 120 representantes de 31 AGECEF de todo o Brasil se reuniram na capital paulista.

A Associação de Gestores da Caixa Econômica Federal de São Paulo -AGECEF/SP foi, mais uma vez, a anfitriã do ENAGECEF - Encontro Nacional das Associações de Gestores da Caixa Econômica Federal – promovido pela FENAG Federação Nacional das Associações de Gestores da Caixa Econômica Federal.

Esta foi a 62ª edição, e cerca de 120 gestores, representantes das 31 AGECEF filiadas de todo o Brasil estiveram reunidos no Hotel Novotel São Paulo Jaraguá Conventions, de 15 a 17 de março de 2018, quando debateram suas condições de trabalho, relacionamentos institucional e parcerias, defesa da CAIXA e deliberações de mais de 40 propostas advindas da base. Aquelas aprovadas, durante o Encontro, serão encaminhadas à direção da Empresa.

Reunião preparatória

Na primeira noite, a diretoria da FENAG realizou a tradicional reunião preparatória para organizar a agenda do 62º ENAGECEF. Previamente ao encontro, foram realizadas consultas públicas com as bases que expressaram suas demandas e encontros regionais de AGECEF na ocasião em que seus representantes se posicionaram sobre a concordância com as propostas elaboradas.

Solenidade de abertura

O presidente da AGECEF/SP, Ed Marcos Saba, saudou, agradeceu a presença e desejou debates profícuos às comitivas e autoridades que compuseram a mesa de honra na abertura do Encontro: Rita Serrano, Representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da CAIXA; Jair Pedro Ferreira, presidente da FENAE; Fernando Turino, presidente da Associação Nacional de Engenheiros e Arquitetos da CAIXA – Aneac; Álvaro Weiler, presidente da Associação de Advogados da CAIXA – Advocef, Naran Peçanha de Araújo, Diretor de Tecnologia da Informação - DETEC da CAIXA; Maírton Antônio Garcia Neves, presidente da FENAG; Deosinedes Mognato, presidente do Conselho Deliberativo da FENAG; Tatiana Saito, diretora regional da Associação de Auditores da CAIXA de São Paulo – Audicaixa e Rumiko Tanaka, Coordenadora Nacional de Negociação da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito - CONTEC.

Maírton Antônio Garcia Neves (AGECEF/CE), presidente da FENAG, também cumprimentou os presentes pela participação, referendou Rumiko Tanaka pelo espírito feminino de luta, exaltou o gigantismo da CAIXA e a diversidade de entidades representativas de empregados que possibilitam debates plurais, amplos e profundos. Maírton também ressaltou o valor desta união e convocou todos a pensar no que podem fazer pela Fundação dos Economiários da Caixa Econômica Federal - FUNCEF citando um provérbio oriental: “tempos difíceis fazem homens fortes. Homens fortes trazem tempos fáceis. Tempos fáceis trazem homens fracos. Homens fracos fazem tempos difíceis. Então, bom que aqui estamos. Agora, podemos fazer algo pela Fundação: escolher nossos gestores. Somos responsáveis por nosso patrimônio e nosso futuro. Façamos nossa parte”.

A presidente do Conselho Deliberativo da FENAG, Deosinedes Mognato (AGECEF/ES), igualmente agradeceu aos colegas por se deslocarem de longas distâncias para participarem do evento, enfatizou a relevância das pautas mencionando a situação e as eleições FUNCEF, as queixas do Saúde CAIXA sobre autorizações e reembolsos, cotidiano, estruturas e processos das redes e a responsabilidade desta geração de manter a CAIXA enquanto instituição totalmente Pública: “que mantenhamos propostas coletivas de bem comum, porque ‘para vencer desafios, é preciso unir forças’”, referenciando ao mote do encontro. Ainda, cumprimentou as participantes pelo Mês das Mulheres e pediu um minuto de silêncio em memória da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco: “não se trata de um ato isolado. Ela falava por toda a sociedade”.

Palestra magna – A Jornada do Herói

O professor Claudio Queiroz proferiu a conferência magna “A Jornada do Herói” sobre a teoria do monomito de autoria do antropólogo estadunidense Joseph Campbell (1904 – 1987). O ex-gestor e atual instrutor gerencial e formador da CAIXA explicou os três atos da jornada cíclica dos mitos por quais todas as pessoas passam e, como exemplo, narrou sua própria trajetória na Empresa. O professor falou sobre o impacto que os heróis exercem sobre as pessoas ao superarem adversidades, suas capacidades de resiliência e a escassez de referências chamando os gestores à responsabilidade de liderar: “carecemos de heróis, de líderes. Precisamos de pessoas que nos inspire, estimule e conduza ao futuro que almejamos. Nós, gestores, temos a essa responsabilidade”.

Painel CAIXA

O diretor de Tecnologia da Informação - DETEC da CAIXA, Naran Peçanha Araújo, falou sobre a instabilidade tecnológica e a transformação digital da Empresa. Segundo ele, os sistemas de tecnologia da CAIXA são obsoletos, alguns criados há 30 anos, sem testes e homologação, gerando hoje, em média, 70 novas demandas diariamente e refletindo nos clientes e gestores das redes. O diretor afirmou que a solução, além da inovação das ferramentas tecnológicas, também demanda de atualização processual, pois os normativos são de vinte anos atrás, e de nova formação de gestores, para tanto é preciso ter proximidade com as redes para criar produtos alinhados com os canais de atendimento e obter feedbacks. No fim, esclareceu dúvidas e escutou sugestões da plenária.

Painel Saúde CAIXA

Paulo Roberto Sobrenome (AGECEF/CE), que foi membro do Conselho de Usuários do Saúde CAIXA e do Grupo de Trabalho FENAG – Saúde CAIXA, apresentou o resultado dos estudos realizados pelo GT. Paulo expôs as vantagens do benefício de assistência à saúde dos empregados da CAIXA sobre os planos do mercado brasileiro (o oitavo maior do mundo com mais de 10 milhões de beneficiários), como custo menor e inferior à receita, e explicou que tais condições excepcionais levaram a CAIXA a propor o limite no custeio também determinado nas controversas Resoluções da Comissão Interministerial de Governança e de Administração de Participações Societárias da União – CGPar. “O Saúde CAIXA é sustentável no atual modelo de custeio, com 300 mil vidas e um superávit de R$ 670 milhões, logo as justificativas apresentadas são infundadas”, concluiu.

Painel FUNCEF

Integrante do GT FENAG – FUNCEF e do Comitê de Investimentos da Fundação sob a indicação dos diretores eleitos, Lúcio Flávio Mourão (AGECEF/MS) destacou os esforços da Federação para enfrentar a crise na previdência dos empregados da CAIXA e fazer frente à falta de informações qualificadas dos participantes. O então candidato à diretoria da FUNCEF apresentou os principais dados levantados pelo GT em dois anos de estudos: discrepância da avaliação a laudo e a mercado de R$ 3,5 bilhões, falso superávit distribuído sem a constituição das reservas exigidas, inchaço estrutural, ineficiência nos sistemas e atuação operacional da diretoria diagnosticados no relatório da Accenture, prejuízos nos Fundos de Investimentos e Participações – FIPs e riscos de déficits e de redução dos benefícios dos planos REB e Novo Plano com a redução da meta atuarial. “A maioria dos participantes resgata suas reservas e muitos reduziram suas contribuições para 5%. Falta educação previdenciária”, alertou.

Propostas nacionais aprovadas

A reunião do Condel aconteceu em 16 de março quando presidentes e representantes designados das AGECEF debateram, deliberaram, votaram e aprovaram propostas, advindas das bases, para encaminhamento à direção da CAIXA

Plenária final

Após as votações, a presidente do Condel, Deosinedes Mognato, finalizou a plenária anunciando as propostas nacionais aprovadas pelo colegiado para este ano e destacando que o ENAGECEF foi baseado em discussões em torno de metas que refletem a transparência, a eficiência e a responsabilidade dos gestores da CAIXA.

O presidente da FENAG, Maírton Neves, também lembrou que a classe gestora vem sendo demandada, cada vez mais, para solucionar pontos entre cidadãos e a Empresa e aqueles de maior complexidade quanto às questões socioeconômicas, políticas e éticas do país. Por fim, agradeceu a todos e enfatizou a importância da unidade do Movimento Associativo e a valorização da classe gestora. “O gestor CAIXA é um agente público extremamente valoroso, cuja presença se impõe pelas demandas da sociedade. O Movimento Associativo é a segurança de que o direito ferido ou sob ameaça terá a resposta que for necessária para garantir a democracia e o cumprimento da legislação constitucional”.

AGECEF/SP SEDIA ENCONTROS DA FENAG